sábado, agosto 23, 2008

Esquina

respiração alta pensamento
vertigem ao refazer o percurso casa
bar da esquina casa até que não haja mais
moedas para os vinte cigarros de cada
dia caminhar com medo pela rua deserta
até que não haja nada que me tirem até que não haja
nada nem mim mesma porque daqui já tiraram
tudo daqui já tiraram qualquer coisa que
já se pensou possível real imaginada suja
boa e ruim daqui já saiu de tudo menos

9 comentários:

Anônimo disse...
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andré mielnik disse...

http://melomanomondo.wordpress.com/

lindo lindo, consti!
fôlego assim escrito dessa maneira, um verso comendo o outro, só vi em ana c.
(perdoem-me os mais religiosos)

Anônimo disse...

é difícil retribuir um comment de tanta delicadeza. mas seu poema me incentiva! eu diria em poucas palavras que ele cria "efeitos de realidade"!
obs.: comentário satisfatório?!

Luiza disse...

A fluidez dos seus poemas me faz querer lê-los em loop, Cons. Com a diferençade que não enjôo.

Saudades, bonita =)

Carleto Gaspar 1797 disse...

busco refúgio
nas
cordas


de

minha

tenda

Quimerus disse...

Eu ainda não entendi por que diabos eu não venho nesse blog todo dia. Fantástico, só pra variar.

(=

Elisa Kozlowsky disse...

esquina bate.

Ficas disse...

saudade mata

Guilherme Martins da Costa disse...

Deu pra escutar sua respiração ofegante

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