quarta-feira, julho 02, 2008

Ano-novo

Naquele dia em 1985 esperei que você entrasse no bar às onze e meia e quarenta e cinco e cinquenta e dois tomei uísque só um gole um copo seis cigarros vinte anos vestia uma saia que ia até os joelhos ao meio das coxas batão estampado cabelos colares apenas um três e a medalha de Santo Antônio segurando uma criança antônio não fez com que você entrasse pela porta do bar derramei uma duas vinte e cinco lágrimas e gotas de álcool se espalhando no balcão guardanapo deu meia volta achou caminho fiquei sem dono cachorra andei com dois com quatro mais de nove que não você.

8 comentários:

Anônimo disse...

gosto da sintaxe desorientada do texto, dá conta de um conteúdo oblíquo e aturdido, parabéns!

Anônimo disse...

:: é impressionante a escrita pós Caio. impressionante o efeito. larga dessa de cinema menina, faz roteiro, escreve pinta. saudades de você garota sorriso que some com ou sem telefone, promete que vai terminar de escrever...aquele conto, aquele roteiro, naquele café que nunca tomamos. sinto que volta com toda a força de dois anos entubados dentro de um desejo de explodir - essa minha escrita.
aparece cons.

beijos. ótimo texto.
:: a

andré mielnik disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
andré mielnik disse...

coisa boa essa de ruffatear amor quente em prosa de proa peixeira feminina de rejeitar amando linha de frente consti linha de frente!

Nóia disse...

Fiquei sem fôlego de tanto que o texto é foda. Adorei. Que nem uma dose de algo bem forte.

=]

Quimerus disse...

Adorei a forma como o texto remonta a memória como ela é construída; um gole, um copo. E esse fim-de-semana descobri uma coisa sobre o por que desse bolo que a personagem levou. Santo Antônio que atende é só Santo Antônio achado...

(x

Quimerus disse...

Toda vez... nossa senhora.

Elisa Kozlowsky disse...

sadness is like water rainning down.

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