terça-feira, setembro 05, 2006

Intenções

Naqueles dias gelados, só restava respirar daquele único jeito pesado que a rinite lhe permitia e cruzar os dedos para que fosse capaz de jogar tudo para o alto, inclusive algumas máscaras que deixaram de servir. Não pensar. Mas isto, claro, seria impossível, vivia num mundo de gente grande agora, nada de impulsos sem primeiro esclarecerem-se intenções. Sentada em frente ao fogo com livro e cigarro na mão pensando pensando pensando, que burra, naquela casa cheia de janelas e corredores, ninguém nem ela mesma ali, mesmo ali na luz não era ela nem ninguém. Assim somando-se a paisagem alaranjada uma tosse espessa e uma farpa que penetra vigorosa na sola do pé, tem-se uma perfeitamente despretensiosa meia-noite de segunda, logo antes de ele vir falar de.

4 comentários:

Anônimo disse...

QUE LINDO ! DEOS

Anônimo disse...

numa noite quente e tarde e nadacontece ele sentou e escreveu topas e nadacontece até que ela escreveu que hã e ele escreveu que deixapralá, melhorassim, nadacontece.
mas será que a essasalturas, aindé possível que nadaconteça?

Anônimo disse...

eita, que bonito esse lugar, hein?
bom saber que ele existe... farei novas visitas!
como vai tudo aí?
aqui saudades da minha época de férias...
beijo pra tu!

Ficas disse...

e eu, e eu achando que ia encontrar coisas novas, depois de muito tempo sem computador... escreva, por favor!
e um beijo

seguidores: