sábado, agosto 19, 2006

Unbreakable

Prova diferentes sensações, espreme cada prazer até o bagaço e mastiga um pouco da casca. Costuma pensar que ce n'est pas grand chose. É só mais um, é só uma noite, é só uma música. Não é não, minha cara, é tempo, e tempo é tempo e só, mas passa. Depois não existe mais nada atrás além de tempo passado, e de frente só tempo futuro que não passou ainda. Camiseta de alguém sem rosto, Unbreakable, ela pensa que é. Não é não, é até muito frágil, fachada de vidro. Lucky stroke. Escorregou mas ergueu-se escondida, como fumaça de cigarro americano. E sente uma quentura que vem nãoseideonde, e faz nãoseioquê, mas é forte e insiste em existir ao menos morna. Tropeça em mil cotovelos azuisvermelhosverdes dançando todos música de filme, compassada, que chega quase explodindo no meio do peito. Mas nunca chega lá, no centro. Bem aonde já não sabe mais chegar depois de tanto tempo sem quedas. Depois de queda é diferente. Mas não tem explosão, não. Tem tentativa dê. O som contorna o peito, comprime as beiradas, e a cada som-gosto-toque, a cada quadro (tombo e chão) levanta-se a espera de tempo presente, até cair. E quebra.

2 comentários:

Ficas disse...

depois ouvi que não escrevias nada de bom.
mentira, viu?
e nossas cartas vão começar.
boa sorte em nosso jogo.
beijo, prima!

João Francisco disse...

há! lembrei daquela conversa q carol, vc e eu sonhamos juntos. Parece que. Cheguei da opera com excesso de imagem na cabeca, mil por hora. Seu texto me suavizou, Boa noite! (isso aqui tá ótimo)

Bj!

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