domingo, maio 28, 2006

Desamor

Ele me deixou na chuva, com um cigarro apagado entre os dedos e um nó na garganta. Dei-lhe um abraço, tchau, fui embora sem olhar para trás. Ele acha tudo normal, acha mil amores, ama de uma vez, não a mim. Não perdôo. Já perdi, mas nutro ainda esperanças. Isso me vem corroendo a cada dia agora. Um ano, mais quanto tempo? Quatro meses, cinco, talvez menos. Um ano, e mais o que? Ódio, vergonha, ciúme. Inexperiência minha, descaso seu, meu. Desleixo, deslealdade, azar. Destino? Tempo? Sobriedade, qual? Nunca sóbrios, nunca sérios. Distantes sempre, alheios, mas tão próximos... Se me libertar, até perdôo, mesmo assim, mal perdoado, com rancor e com carinho. De preferência, sem amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

ui!
cuitado do pobre...

haha gostei, bjos!

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